TAKE IT EASY, SER FELIZ JÁ OCUPA MUITO TEMPO... :)

Não cabe mais perdemos tempo.

É inadmissível culparmos a situação política pelos nossos insucessos pessoais, pela nossa falta de coragem em virarmos do avesso, em nos colocarmos diante de todos e gerar a mais bela exposição daquilo que somos a quem interessar possa.

Vivemos escondidos por detrás de porquês sobre os quais jamais teremos controle. E sabemos disso.

Buscamos problemas em nosso chefe, nossos amigos, nas crianças, nos programas de televisão e até na fila da padaria.

Vamos trocar o apontar de dedos pela compreensão. Somos todos diferentes. Pasmem! Novidade? Nenhuma. Aprendemos que somos diferentes desde pequenos, mas parecemos esquecer ao longo de nossa jornada de vida.

Somos diferentes em identidade de gênero, grau de honestidade, sexualidade, tamanho do soutien, cor do cabelo, no samba no pé, na intensidade do olhar, e, ao longo da vida, parece que forçamos ainda mais algumas diferenças desnecessárias que esquecemos do que todos nós buscamos.

Todos queremos ser felizes SIM. Todos esperamos realizar sonhos, todos queremos ser aceitos e admirados, todos buscamos pertencer a algum grupo e precisamos de afeto. A diferença consiste apenas no nível em que cada um desses fatores pesa em nossas vidas, ou seja, em como os priorizamos.

A essência está em respeitar as prioridades das pessoas, que obviamente estão relacionadas com as diferenças que essas pessoas possuem em relação a nós.

Que não sejamos responsáveis por endeusar figuras políticas e nem em permitir que elas tenham qualquer voz de infelicidade em nossas vidas. Vamos apoiar o nosso amigo do lado que é homossexual e não consegue apresentar o namorado para a família. Está aí um problema bastante relevante. Vamos apoiar o primo numa empreitada nova para que ele não desista face às burocracias que o nosso país ainda impõe ao pequeno empreendedor.

Não defendo a alienação. Fico triste com a falta de humanidade nas pessoas, com a falta de compreensão e do senso de coletividade que hoje acaba por envergonhar a todos nós em relação à nossa administração como povo. Mas o que foi mesmo que viemos fazer aqui senão contribuirmos com a nossa parcela? Toda desonestidade existe por conta de um ciclo de pessoas coniventes em todos os níveis de nossa sociedade. Há apenas aqueles que ficam mais expostos porque foram votados publicamente para assumirem suas funções. Mas e todos os outros que suportam todas as desonestidades e jamais são citados? E todos aqueles que vivem repetindo o discurso de que já que todo mundo faz... Não acontece nada, não é mesmo?

Mas e dentro da gente? A gente sabe o que se passa...

Quem é que vai cuidar dos nossos sonhos por nós? Quem é que pode transformar as nossas ações para que nos tornemos pessoas melhores?

Lula, Aécio, Dilma... Eles poderiam ser Gabriela, Manuel, Paulo. Ou são. Talvez mudem de nome e ou de endereço a cada dia. Não importa. São apenas mais pessoas que não admiramos, que tiram proveito do coletivo em benefício próprio, que, ao que tudo indica, não são honestas, que sabotam e manipulam. Não me parecem verdadeiros líderes, embuídos de bons valores, que impulsionam o todo positivamente, mas sim gestores muito mal escolhidos e fruto de seu meio. Há muito destes nas organizações, ao nosso lado, na vida, em nossa família e até em nós. Acreditem. E por que não conseguimos fazer nada senão apontar o dedo para eles?

Por que suas ações influenciam no nosso dia-a-dia e nos impedem de ter uma vida mais digna, pagando impostos que não são devidamente alocados para seus fins reais?

Acho que essa é a resposta que repetimos para nós mesmos. E ela é bem verdade. Exceto pelo fato de que muitas vezes esse apontar de dedos acaba por ocultar algumas falhas de nossa parte em nos aproveitarmos deste ciclo de desonestidade de diversas formas sob a justificativa de que se não fizermos seremos engolidos. Nós sempre teremos escolha. 

Podem nos roubar nosso dinheiro, nosso pão, no preço da conta de telefone e do tomate, nossa liberdade de andar na rua depois da meia-noite, de usar o laptop no metrô, de ter uma infraestrutura melhor em nosso país, de dar para os nossos filhos a tranquilidade de brincar na rua a qualquer hora e sem supervisão, mas jamais podem nos tirar a capacidade de escolher.

Vamos encontrar porquês que dependam de nós, vamos nos poupar de sorrisos que não queremos distribuir e dar os abraços que estão guardados há tempos. Vamos economizar para realizar aquela viagem que sempre quisemos, vamos encontrar um trabalho que dê mais prazer, vamos conversar mais com a gente para buscar a verdade lá dentro de nós para que aos poucos foquemos em nosso papel na nossa evolução individual. Vamos fazer as pazes com as pessoas, com o mundo. E com nós mesmos.

Não vamos acabar com a desonestidade das pessoas, mas podemos inspirá-las a ser mais felizes. Gente feliz não vê telejornal só pra dizer que está tudo uma bagunça e não tem mais volta, não julga o amigo que larga tudo e vai viver fora, não sente inveja porque está tudo mundo em volta vivendo uma vida melhor, não passa fome, não rouba, não mata, não ultrapassa o sinal vermelho, não joga lixo no chão.

Gente feliz ama, perdoa, encontra o melhor caminho.

Gente feliz ouve, pensa, depois fala.

Gente feliz não magoa por querer, tem sempre boa intenção.

Gente feliz respeita o espaço do outro.

Gente feliz acorda cedo, trabalha, se sustenta, estuda, tem sonhos e planos para realizá-los. Tem filhos, ou não. Viaja, ou não. Tem carro, ou não. Tem casa, ou não. Não importa. 

Gente feliz não segue padrão. Simplesmente é e sabe dos seus porquês. Os seus. São só seus e de mais ninguém. Gente feliz assume a responsabilidade pela própria vida e não culpa os outros e nem a si mesmo. Gente feliz conversa consigo mesmo. O tempo todo. Se pergunta, se responde e vai. Simplesmente segue. Até reclama, mas pouco. Reclama e logo em seguida vai lá e faz. E fica tudo bem. E transborda. E inspira. E segue ainda que sem querer levantando todo mundo que está caído em volta. Porque gente feliz brilha. 

Brilha um brilho mágico, tem uma força do universo, que é capaz de mudar, sem querer, ou querendo. E não tem medo de a onda levar. Gente feliz é a própria onda.

Gente feliz pode tudo. Pode comer pão com mortadela no almoço, pode gargalhar alto no meio do coletivo, pode tirar foto no meio da rua, pode abraçar forte, pode torcer pra todos os times, inclusive pros que competem simultaneamente. Gente feliz não briga por causa de futebol, política porque isso tudo faz perder tempo. É muito ocupado sendo feliz e pensando no que fazer pra continuar feliz. É meio viciado, sabe? É meio super herói de si. E, sendo assim, mal sabe que é super herói de todo mundo.

Ah, essa gente feliz! É feliz e nem sabe!


Clarissa Lima



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