Prazer, eu mesma!

Prazer, eu mesma!

Quando vim para a Inglaterra, senti que dei um pause em muitas coisas porque eu precisava sentir as mudanças, o trabalho novo, o lugar, o tempo...

Subestimei o último, claro. A gente acha que é só colocar um casaco. Ledo engano. A gente pensa isso até começar a deixar de sair de casa por causa do frio ou da chuva. Deixar de fazer coisas que gosta porque “hoje o tempo não está bom”... Adivinhe: quase nunca estará bom o suficiente pros nossos padrões brasileiros, mas estou melhorando essa minha percepção com o passar dos meses...

Assim como o tempo, coisas que parecem simples, was que eram fundamentais para me adaptar à mudança, me fizeram sentir uma profunda necessidade de me recolher. A energia gasta em prol de uma adaptação é enorme. Estar longe de todos fisicamente aumenta ainda mais esse esforço.

Desde que reiniciei a expansão da relação comigo mesma, tenho feito uso de palavras e pensamentos positivos ao acordar, ao dormir e sempre ao longo do meu dia quando acontece alguma situação chata e eu sinto raiva, tristeza, saudade, etc. Quando chove e estou indo trabalhar, eu agradeço por ter um trabalho e por ter uma casa onde me abrigar quando eu voltar.

Importante não reprimir nenhum sentimento, mas aproveitar para entender quando oportuno, porque ele está ali, se ele faz bem ou mal, se ele nos impulsiona e traz coisas boas no fim das contas ou se ele é só mais um daqueles que querem nos sabotar.

Eu, neste momento não permito que os sentimentos que não me impulsionam a coisas melhores se instalem e façam morada. Da mesma forma que chegam, eles precisam ir. Tudo tem que passar.

A alegria extrema passa, a tristeza também precisa passar. Pela nossa saúde mental precisamos de todos, aprendemos com todos. Todos são dinâmicos e vão se transformando junto com a gente ou a gente se transforma com eles... Ovo ou galinha, você decide...

Os momentos de alegria nos fazem exercitar a gratidão e nos fazem desejar entender o que fazer para que a maioria dos momentos sejam assim, cobrando de nós que busquemos o melhor da gente.

Só que às vezes bate aquela bad, surgem aqueles estresses inesperados, e aí é quando eu percebo que a vida quer me levar pro topo de novo, só preciso entender agora qual é o novo desafio, o que mais eu tenho que aprender com isso. Algumas coisas não dependem só de nós, mas a maneira como nos sentimos sobre elas é sim uma escolha que só depende de nós.

Postergar o entendimento das nossas tristezas e medos, só atrasa a nossa volta pros nossos momentinhos felizes. Vamos nos dar essa chance?




Clarissa Lima

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