Autoconhecimento. Resiliência. Paz interior.

Autoconhecimento. Resiliência. Paz interior.

O caminho acima não é uma receita de bolo e muitas vezes precisa ir e voltar no mesmo objetivo para garantir que mais um desafio foi alcançado ali.

Se conhecer é um processo quase que infinito, já que somos seres dinâmicos, inteligentes e temos a capacidade de nos adaptar aos ambientes de acordo com a necessidade do momento. Encontramos soluções criativas para os nossos problemas a todo instante.

Mudamos os planos se for preciso. Uma gravidez inesperada, um atraso de vôo, uma enfermidade, uma visita que chegou sem avisar...

Quanto mais sabemos das nossas capacidades, mais rapidamente confiamos em nosso poder de resolver qualquer coisa que se apresente diante de nós.

O processo de recolhimento se faz necessário diante a tanta exposição da vida alheia, redes sociais que muitas vezes induzem a modelos de viver a vida irreais e deprimem os mais suscetíveis, os que ainda buscam se conhecer um pouco mais, os que querem encontrar sua própria trajetória, que é única e precisa fazer sentido pra apenas para eles, sem necessidade de likes.

É necessário dar uma pausa no olhar para fora quando o interior faz barulho, fala uma língua que não conseguimos compreender.

É importante construirmos nossos próprios sonhos, com base em nossas experiências, no conhecimento de nós mesmos, sem tantas interferências do conceito de sucesso alheio. Impossível não sermos impactados pelo ambiente já que vivemos em sociedade e recebemos muitas influências diariamente, entretanto que façamos com que essa interferência seja mínima, para que prestemos atenção em nós.

O excesso de informação gera um caos exterior, que afeta o nosso interior se permitimos, se insistimos em seguir a maré já que parece ser o caminho mais fácil.

Que façamos aquilo que permanece tendo significado para nós, com a segurança suficiente de que estamos honrando aquilo que somos e fornecendo ao nosso corpo e mente a dose mínima de paz para seguir em nossos desafios diários.

É importante extrairmos do momento presente tudo o que é viável alcançar e nos prepararmos para nossos sonhos futuros. Deus, o universo, ou o equivalente  de uma força maior em suas crenças, não proverá sem esforços seus. Para isso é preciso saber em quê e, novamente, não fugir de olhar pra si.

É doloroso o processo de identificar um lado em nós do qual não nos orgulhamos, precisar viver com ele, aprendendo a modificá-lo na medida do possível para agir em seu favor. 

Abraçar a nossa história, quem somos, quem queremos nos tornar, é o princípio para aceitarmos algumas circunstâncias da vida, que nos trazem invariavelmente, por caminhos tortuosos, não onde idealizamos estar, mas onde é preciso neste momento.

Clarissa Lima