E a vida continua...

Como de praxe, estava eu admirando o céu em mais um fim de tarde daqueles em várias cores, em um dia bastante produtivo e mais uma vez agradeci pela vida, pelo momento, por poder contemplar tanta beleza... E geralmente paro por aí, mas minha reflexão foi mais profunda e interessante.

Uma grande amiga de infância perdeu o cachorrinho essa semana, um amigo furou o pneu do carro, uma amiga foi convidada para uma missão desafiadora no trabalho, uma outra amiga mandou mensagem com atualizações do seu mais recente 'affair', dentre inúmeras outras coisas.

De repente passou um filme de tudo o que tinha acontecido na minha vida nessa mesma semana. Lembrei de como eu a comecei e como a estou terminando.
Agradeci mais uma vez. Pela semana, por ter um tempo para refletir sobre o que deu certo, por lembrar das coisas boas. Agradeci a mim mesma por poder valorizar o agradecer.

Se nos deixarmos levar pela rotina, sem valorizar cada momento como se fosse único, entramos em um modo automático que nos torna apáticos ao que acontece ao nosso redor, repetitivos em nossas respostas, impedindo-nos de obter novos resultados daquilo que fazemos.

É fato que a rotina conforta bastante e pode dar muita segurança. Entretanto, será que é possível fazer tudo sempre igual?
E quando fura o pneu? E quando morre um ente querido? E se sujar a roupa? Já pensou que pode cair uma tempestade e você estar sem guarda-chuva?

E daí surgem os chamados no meio do nosso dia para que voltemos nossa atenção no presente, para que observemos os outros, para que sejamos empáticos com suas questões, e até mesmo para que consigamos ser criativos para resolver as nossas próprias situações.

E nessas horas reclamamos muito, nos sentimos meio abandonados diante de tamanho azar e tristeza. Ó céus!
Deveríamos agradecer pelas chacoalhadas que levamos. Elas nos mantém pensantes e sãos.

Desanimar faz parte, mas como já dizia Cortella, cada um de nós é apenas 1 indivíduo que vive num planetinha que gira em torno de uma estrelinha...

Que lembremos sempre disso quando imprevistos acontecerem e que nossa criatividade e bom humor ultrapassem a nossa capacidade de dramatizar.

E a vida continua!