Esse texto não precisa de título...
Daí você não sente os meus medos.
Você apenas assiste ao meu melhor ângulo contra o sol, ao meu olhar generoso sobre a natureza, ao tempo passando e supostamente deixando tudo em seus devidos lugares.
A vida segue seu curso normal, trazendo momentos bons e ruins e nesses últimos torna o drama solitário cada dia mais real.
A oportunidade de avaliar o preço de um sonho, reforçar valores, entender o porquê da existência parece ingênua, mas se faz necessária.
Algumas pessoas nunca entenderão. Como culpá-las por algo que eu mesma não entendo?
Depois que a gente percebe que entender não é tão importante quanto sentir, a gente perde dezenas de amigos e vai ganhando a plenitude da própria companhia, deixando pra trás a vida de renúncias diversas a si em prol de aceitações sem sentido.
Até quando ainda será cruel demais se conhecer e se permitir apaixonar por si mesmo?
Até quando seguiremos alimentando o rigor de sermos perfeitos quando tudo à nossa volta não é e nunca será?
Meu sorriso e meus olhos seguirão brilhando de esperança mesmo que meu coração esteja sangrando. Meu coração é apenas uma parte do meu corpo jovem, imaturo e ansioso, carregando dores em excesso, enquanto meus sorrisos e olhares de cada dia representam a gratidão da minha alma pela minha vida e pelas oportunidades infinitas que tenho para ela.
Corpo e alma seguem em desencontro, mas qual aprendizado restaria se eles fossem uma constante, um casamento perfeito?
Não existe uma realidade ideal, não existem definições. Vida boa é aquela que encaixa na gente, pessoal e intransferível. Não é como usar um adaptador universal na tomada em qualquer lugar. É preciso caber por si só, sem adaptador. É moldar a si mesmo para obter energia dentro da fonte que está agora disponível.
E fico por aqui, inacabada, infinita, com a tomada meio encaixada, oscilando entre copos meio cheios e meio vazios, com várias janelas abertas, para continuar no caminho da minha própria evolução, mas orgulhosa por observar o poder da capacidade de autocura através do autoconhecimento.
Assim, sinto que transformamos a vida num constante processo de saber quem somos, nos lembrando constantemente o que buscamos, aprendendo a amar e respeitar nossa própria trajetória e entender que cada um tem direito de trilhar a sua à sua própria maneira.
Clarissa Lima
Você apenas assiste ao meu melhor ângulo contra o sol, ao meu olhar generoso sobre a natureza, ao tempo passando e supostamente deixando tudo em seus devidos lugares.
A vida segue seu curso normal, trazendo momentos bons e ruins e nesses últimos torna o drama solitário cada dia mais real.
A oportunidade de avaliar o preço de um sonho, reforçar valores, entender o porquê da existência parece ingênua, mas se faz necessária.
Algumas pessoas nunca entenderão. Como culpá-las por algo que eu mesma não entendo?
Depois que a gente percebe que entender não é tão importante quanto sentir, a gente perde dezenas de amigos e vai ganhando a plenitude da própria companhia, deixando pra trás a vida de renúncias diversas a si em prol de aceitações sem sentido.
Até quando ainda será cruel demais se conhecer e se permitir apaixonar por si mesmo?
Até quando seguiremos alimentando o rigor de sermos perfeitos quando tudo à nossa volta não é e nunca será?
Meu sorriso e meus olhos seguirão brilhando de esperança mesmo que meu coração esteja sangrando. Meu coração é apenas uma parte do meu corpo jovem, imaturo e ansioso, carregando dores em excesso, enquanto meus sorrisos e olhares de cada dia representam a gratidão da minha alma pela minha vida e pelas oportunidades infinitas que tenho para ela.
Corpo e alma seguem em desencontro, mas qual aprendizado restaria se eles fossem uma constante, um casamento perfeito?
Não existe uma realidade ideal, não existem definições. Vida boa é aquela que encaixa na gente, pessoal e intransferível. Não é como usar um adaptador universal na tomada em qualquer lugar. É preciso caber por si só, sem adaptador. É moldar a si mesmo para obter energia dentro da fonte que está agora disponível.
E fico por aqui, inacabada, infinita, com a tomada meio encaixada, oscilando entre copos meio cheios e meio vazios, com várias janelas abertas, para continuar no caminho da minha própria evolução, mas orgulhosa por observar o poder da capacidade de autocura através do autoconhecimento.
Assim, sinto que transformamos a vida num constante processo de saber quem somos, nos lembrando constantemente o que buscamos, aprendendo a amar e respeitar nossa própria trajetória e entender que cada um tem direito de trilhar a sua à sua própria maneira.
Clarissa Lima
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